Operação Gratidão: Dois pacientes de Rondônia desembarcam em Manaus para dar continuidade ao tratamento da Covid-19

Inicialmente, o Amazonas dispõe de oito leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) destinados à pacientes vindos de Rondônia e Acre

Em uma missão de solidariedade e reconhecimento, o Governo do Amazonas recebe pacientes com Covid-19 vindos de outros estados, por meio da Operação Gratidão. Na madrugada desta terça-feira (16/03), dois pacientes vindos de Rondônia, sendo um homem e uma mulher, chegaram a Manaus e foram encaminhados ao Hospital Delphina Aziz, referência em casos da doença.  Neste primeiro momento, o Estado oferta oito leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para atender pessoas vindas de Rondônia e do Acre.

Anteriormente, outras duas pessoas vindas de Porto Velho (RO) chegaram a Manaus, no primeiro fim de semana de março, durante uma ação emergencial realizada enquanto o Amazonas se preparava para iniciar, de fato, a Operação Gratidão.

Com a ação, o Governo, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), retribui a ajuda recebida de outros estados no momento mais agudo da pandemia vivenciada no Amazonas nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, quando 542 pessoas precisaram ser transferidas para outras localidades do país.

 

 

Conforme a SES, além do Delphina Aziz, serão disponibilizados leitos no Hospital Nilton Lins, no Hospital da Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado e no Pronto-Socorro Platão Araújo.

A SES-AM definirá um Mapa Diário de Leitos da Operação Gratidão com a quantidade de leitos disponíveis na rede, o número de remoções em andamento dentro do Estado, o número de pacientes locais aguardando remoções já com vagas reservadas, o saldo remanescente e os leitos disponibilizados para pacientes de fora.

O cálculo também prevê reserva técnica, ou seja, nem todos os leitos remanescentes devem ser usados. O Estado também prevê a oferta de leitos clínicos para pacientes leves e moderados, mas sempre levando em consideração a taxa de ocupação de UTI, tomando como parâmetro a constatação de que, em média, 20% dos pacientes do Amazonas que foram para outros estados agravaram e precisaram de UTI.

Equilíbrio – Passada a fase mais aguda da pandemia, o Amazonas voltou a ampliar leitos e agora a rede hospitalar encontra-se em equilíbrio. A  partir do final de janeiro, 225  leitos, dos quais 75 de UTI, foram ativados nos hospitais de referência para a Covid-19 em Manaus.  Com isso, foi possível reforçar as transferências,  principalmente do interior para a capital.

Antes de iniciar a Operação Gratidão, a secretaria montou um plano operacional para agilizar as remoções do interior para a capital, com apoio da Força Aérea Brasileira (FAB) para garantir que o máximo de pacientes do interior ocupem os leitos disponíveis na capital.

Redução na espera – Com a taxa de ocupação de leitos clínicos da rede pública em 50,7% e de UTI em 81,9 %, nesta segunda-feira havia 33 leitos de UTI e 228 leitos clínicos exclusivos para a Covid-19 vagos na rede estadual. Dez pacientes foram removidos e onze aguardavam transferência.

As remoções intermunicipais dependem de logística de transporte e das condições hemodinâmicas do paciente para suportar o deslocamento de avião ou mesmo de ambulância terrestre.

FOTOS: Arthur Castro/ Secom