AGOSTO DOURADO Servidoras estaduais celebram oportunidade de amamentar exclusivamente durante seis meses
Amamentação exclusiva durante os seis meses de vida do bebê não é uma realidade de todas as mães no país
Promover o bem-estar e a saúde de mamães e bebês é o que faz o estado do Amazonas ao seguir a Lei Federal nº 11.770/2008. Essa lei permite estender a licença-maternidade de quatro meses por mais 60 dias. Assim, as mães têm a oportunidade de dar a seus filhos amamentação exclusiva durante esse período. Atualmente, a licença-maternidade de 180 dias é facultada aos estados e municípios do Brasil e opcional para empresas do setor privado.
A amamentação exclusiva nos primeiros seis meses de vida do bebê é defendida pelos órgãos de saúde mundiais e nacionais como essencial. Para Laila Rocco, servidora e fisioterapeuta da Policlínica Codajás, poder amamentar tem sido um privilégio.
“Como servidora pública do Estado, tive a bênção de gozar de 180 dias de licença-maternidade e sei o quanto esse tempo foi fundamental pra mim e para o Davi, hoje com 9 meses. Espero que em breve possamos ver muitas outras mulheres usufruindo de um tempo maior com seus bebês em casa, curtindo essa fase tão boa e que passa tão rápido”, avalia.
Laços de segurança – O tempo de contato com o bebê durante os seis primeiros meses de vida também é importante para criação de laços de segurança e amor entre mães e filhos.
“Concordo que seja um tempo ideal não só pela amamentação, mas para que a mãe, que acaba de passar pelo puerpério, possa ter mais contato com o filho. Este contato é essencial para a mãe cuidar e se apegar ao seu bebê, criar esse importante vínculo”, defende a policial militar Jorgeanny Nogueira, mãe da pequena Esther, de 4 meses de vida.
Sobre o retorno ao trabalho, a policial militar explica já estar se preparando. “Às vezes tiro leite do peito e coloco na mamadeira para facilitar e me acostumar. Mas de madrugada é sagrado, ela acorda, pede peito e fica ali grudada em mim. Chegamos a dormir abraçadas. É a coisinha mais linda da vida”, conta com felicidade.
Realidade – Para uma amamentação exclusiva durante os seis meses de vida do bebê é necessário que a licença-maternidade seja, também, de seis meses, mas essa ainda não é uma realidade para todas as famílias brasileiras. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) garante 120 dias de licença-maternidade, e a extensão dessa licença por mais 60 dias é opcional para empresas privadas, governos estaduais e municipais que queiram aderir.
Agosto Dourado – O Agosto Dourado foi instituído pela Lei nº 13.435/2017, com o objetivo de dar destaque ao assunto e conscientizar a população sobre a importância do aleitamento materno. De acordo com especialistas, não há dúvidas de que o leite materno é o padrão ouro da alimentação para os lactentes, daí o nome da campanha.
FOTOS: Arquivo Pessoal