Defesa Civil do Amazonas prossegue atendimento de famílias afetadas pela cheia com segunda fase de envio de kits de ajuda humanitária
No início deste mês de agosto, a Defesa Civil do Amazonas começou a atender novas demandas de dez municípios das calhas do Rio Negro e Baixo Solimões que sofrem os efeitos da cheia deste ano, considerada a quinta maior já registrada pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM).
A Defesa Civil estadual iniciou o atendimento das famílias afetadas pela cheia em fevereiro deste ano, enviando kits de ajuda humanitária e disponibilizando recursos do programa “Amazonas Solidário”. Por meio do programa, o Governo do Estado entrega um cheque no valor de R$ 300 às famílias cadastradas.
Os trabalhos de entrega de kits de ajuda humanitária vão atender nove municípios com entregas de 6.400 cestas básicas, 1.500 redes e 1.500 cobertores. A previsão é que, até o dia 12 de agosto, os municípios de Manaquiri, Maraã, Silves, Tapauá, Tefé e Uarini sejam atendidos.
Três municípios da calha do Solimões estão sendo contemplados com a segunda remessa de kits de ajuda humanitária: Anori, Careiro da Várzea e Manacapuru. Em Anamã, o “Amazonas Solidário” vai beneficiar 2.116 famílias.
“Neste momento, as ações da Defesa Civil do Amazonas estão se concentrando em trazer a normalidade social, prestando apoio e buscando acelerar os trabalhos, para minimizar os impactos dos danos matérias e financeiro, dentro das condições de cada região”, afirmou o secretário estadual de Defesa Civil e comandante geral do Corpo de Bombeiro do Amazonas, coronel Roberto Rocha.
Balanço – O último balanço da Defesa Civil do Amazonas sobre os atendimentos realizados desde janeiro de 2014 contabilizou 1.500 toneladas de alimentos não perecíveis e 52 mil itens de ajuda humanitária (kits de higiene, limpeza e dormitório) que foram destinados as famílias que sofreram impacto socioeconômico ocasionado pelo desastre natural.
Além disso, 19 kits de medicamentos, que foram cedidos pela Secretaria de Estado da Saúde do Amazonas (Susam), também foram enviados às cidades. O Amazonas recebeu ainda do Governo Federal, no mês de março, um aporte financeiro no valor de R$ 1,7 milhão.
Municípios afetados: Até o momento, 37 municípios estão em situação de emergência: Guajará, Ipixuna, Envira, Lábrea, Pauini, Apuí, Canutama, Manicoré, Novo Aripuanã, Caapiranga, Borba, Nova Olinda do Norte, Tapauá, Itamarati, Autazes, Urucará, Boa Vista do Ramos, Itacoatiara, Anamã, Urucurituba, Careiro da Várzea, Anori, Parintins, Barreirinha, Nhamundá, Careiro Castanho, Manacapuru, Manaus, Maraã, Beruri, Maués, Silves, Tefé, Iranduba, Codajás, Manaquiri e Uarini.
Dois municípios estão em estado de calamidade: Humaitá e Boca do Acre.
Vazante – As regiões do Rio Negro e do Baixo Solimões continuam com águas altas em virtude da vazante estar sendo atípica, apesar de já ser mês de agosto. Neste ano, as regiões mais afetadas foram: Madeira, Purus, Juruá, Médio Solimões, Baixo Amazonas e Médio Amazonas.