Próximo de atingir a enchente histórica no Alto Solimões, Defesa Civil AM intensifica atendimento humanitário em Tabatinga e Benjamin Constant

Os barcos da Defesa Civil do Amazonas cortam o rio Solimões levando alimentos e a esperança de dias melhores. A proximidade da marca histórica da enchente da região intensificou neste fim de semana (25 e 26) o atendimento humanitário do órgão nos municípios de Tabatinga e Benjamin Constant, que estão em Situação de Emergência por conta da cheia.

 

“A ajuda do Governo do Estado é importante porque permite que as Prefeituras mantenham a logística de atendimento as famílias que neste momento estão com o orçamento comprometido”, afirmou o Secretário da Defesa Civil AM, Roberto Rocha.

 

Em Tabatinga a marca histórica da enchente foi em 1999, quando registrou 13,82m. No domingo (26), a cota chegou a 13,54m, o que representa apenas 28 centímetros da maior cheia. Seis bairros e 29 comunidades ribeirinhas já foram atingidos pela subida da água, totalizando 3.680 pessoas afetadas na região. A dona de casa Vanderléia Peres,29, moradora do bairro Guadalupe é uma delas. Ela e todas as famílias da área urbana já foram atendidas com a ação humanitária do Governo.

 

“Passamos por isso há 10 anos e por isso dependemos da ajuda do Estado”, enfatizou.

 

Em Benjamin Constant, das 61 comunidades da área rural, 51 foram atingidas. Dos nove bairros, oito estão alagados. Parte do município vive do comércio. Roberto Dias, 48, já contabiliza os prejuízos.

 

“O dinheiro que temos é para comprar madeira e subir a casa. Para o restante contamos com a ajuda do governo que é sempre bem vida”, disse o comerciante.

 

Onze famílias que ficaram desabrigadas na cidade foram realocadas em dois abrigos humanitários. No local elas recebem refeições diárias, assistência médica e social da Prefeitura. O Estado entra com cestas básicas, colchões, redes, fraldas e kit´s de higiene.

 

“Tenho oito filhos. Meu marido e eu estamos trabalhando, mas receber essa ajuda é um grande reforço”, garantiu Gesila Ramos, 48, que está com a família em um dos abrigos.

 

Das 363 toneladas de alimentos enviadas pelo Estado aos 19 municípios afetados pela enchente, 52 foram para o Alto Solimões. Em todo o Amazonas mais de 110 mil pessoas foram afetadas pela enchente.

 

Balanço Geral da Enchente 2015

 

Estado de Calamidade Pública
1. Boca do Acre-Purus

 

Situação de Emergência
1 Itamarati-Juruá
2 Guajará-Juruá
3 Ipixuna-Juruá
4 Eirunepé- Juruá
5 Envira- Juruá
6 Juruá-Juruá
7 Canutama-Purus
8 Tapauá-Purus
9 Carauari-Purus
10 Pauiní-Purus
11 Lábrea-Purus
12 Atalaia do Norte- Alto Solimões
13 Benjamin Constant-Alto Solimões
14 Tabatinga- Alto Solimões
15 Amaturá – Alto Solimões
16 Santo Antônio do Iça- Alto Solimões
17 São Paulo de Olivença- Alto Solimões
18 Tonantins – Alto Solimões

 

Situação de Alerta
1 Humaitá-Madeira
2-Fonte Boa- Médio Solimões
3-Uarini- Médio Solimões
4-Alvarães- Médio Solimões
5-Tefé- Médio Solimões

 

Pessoas Afetadas- 110.610
Famílias- 22.116

 

Total de Ajuda Humanitária do Governo- 363 toneladas de alimentos não perecíveis, além de kit´s dormitório (colchões, redes, mosquiteiros) kit´s de higiene pessoas, medicamentos, filtros de água, hipoclorito de sódio.

Repasse Financeiro do Governo Estadual
Boca do Acre-R$550,000
Envira- R$200,000
Itamarati- R$200,000
Eirunepé- R$300,000

 

Campanha Governo Solidário- 33 toneladas doadas.
Instituições doadoras: SEAS, Fundo de Promoção Social, Universidade da Terceira Idade, Café do Norte, Susam, Grupo Infantil Vida e Arte (projeto GIVA) em parceria com a Escola Municipal João Alfredo, localizado no Bairro da Paz, Centro Educacional Século e populares.